Introdução
Definição
Variação cíclica da produção hormonal pelos ovários, com consequente modificação das características do endométrio (revestimento do interior do útero).
Na ausência de gravidez, ocorre hemorragia vaginal, que define o início de cada novo ciclo. O dia antes da hemorragia seguinte marca o fim do ciclo.
Frequência
A cada 21-35 dias, em média a cada 26-30 dias.
Causa
Variação cíclica da produção hormonal pelos ovários.
Sinais e sintomas
Sempre: Hemorragia vaginal periódica de intensidade variável (periodicidade variável entre cada mulher, e, para a própria, o intervalo entre cada menstruação também pode variar)
Eventualmente: tensão mamária, cefaleias, dor pélvica
O ciclo menstrual divide-se em 2 fases.
Na 1ª fase desenvolvem-se no ovário vários folículos, sendo que um deles, o dominante, acabará por dar origem ao óvulo que será expulso do ovário, um fenómeno conhecido como “ovulação”. Ao mesmo tempo, no útero, desenvolve-se a camada interna, em preparação para a receção de um embrião, caso haja fecundação.
A ovulação marca a passagem da 1ª para a 2ª fase do ciclo e corresponde à libertação do óvulo pelo ovário, permitindo a fecundação.
Na 2ª fase, a partir das células do folículo dominante que permaneceram no ovário, forma-se o corpo amarelo, a estrutura responsável pela produção hormonal que que assegurará a continuação do desenvolvimento da camada interna do útero, em preparação para uma gravidez.
Caso não haja fecundação, o corpo amarelo involui, diminui a produção hormonal e as células da camada interna do útero começam a descamar e a serem expulsas do interior do útero através do colo do útero e da vagina, sendo esse conteúdo uterino expulso para o exterior aquilo a que se chama menstruação (também designada por “período”, “regra”, etc).
Por convenção, o primeiro dia da menstruação é o primeiro dia do ciclo, mas na verdade corresponde ao fim de um processo de produção hormonal e desenvolvimento do útero em preparação para uma gravidez que não ocorreu.
Quando se está sob o efeito de contracetivos orais combinados (a tomar a “pílula”), o ciclo menstrual está suprimido porque as hormonas normalmente produzidas pelo ovário são substituídas pela pílula, logo o cérebro não estimula a sua produção pelos ovários. Como não há produção hormonal ovárica, não há desenvolvimento folicular, logo não há ovulação e o desenvolvimento da camada interna do útero é limitado, pelo que também não há menstruação, mas apenas uma hemorragia de privação quando se suspende a pílula.
Se se estiver a tomar a pílula não é necessário, nem aconselhável, fazer “descanso da pílula”, a não ser que seja indicado pelo médico, e não há nenhum efeito negativo na fertilidade futura, sendo a fertilidade retomada no ciclo imediatamente seguinte à paragem da “pílula”.
O que fazer
Trata-se de uma situação fisiológica, pelo que não é necessário tomar nenhuma atitude, a não ser que os sintomas associados levem a patologia (ex: anemia por hemorragia abundante) ou interfiram na qualidade de vida da mulher.
Evolução / Prognóstico
A menstruação e a capacidade de ovular marca o final da puberdade nas meninas. A par do desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos, dá-se o desenvolvimento mamário (telarca) e da pilosidade púbica (pubarca), bem como o pico da velocidade de crescimento.
Uma mulher tem em média 400 ciclos menstruais ao longo da vida.
É normal ter ciclos irregulares nos primeiros 2 anos após a menarca e nos últimos anos antes da menopausa.
A última menstruação designa-se por menopausa, e é diagnosticada a posteriori, após 12 meses sem nova menstruação.
A menopausa acontece, na maioria das mulheres, entre os 45 e os 55 anos.
Prevenção / Recomendações
Aquando da menarca (primeira menstruação) agir naturalmente, explicar que se trata de algo normal e esclarecer as dúvidas que a menina/adolescente tenha.
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