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Introdução

Definição

A luxação rotatória atlantoaxial é uma das causas de torcicolo na criança até aos 8 anos. Consiste numa incongruência da articulação entre a primeira e a segunda vértebra cervicais.

Causa

Habitualmente resulta de traumatismos de baixa intensidade cuja força se transmite indirectamente para a coluna cervical, tais como traumatismos sobre a cabeça. Em casos mais raros esta instabilidade pode ser causada por estados de inflamação prolongados na região do pescoço (tais como infecções prolongadas da região do ouvido e base do crânio), a esta causa de instabilidade dá-se o nome de Síndrome de Grisel.

Sinais e sintomas

Os sintomas instalam-se de forma súbita após o episódio traumático e são muito semelhantes a um vulgar torcicolo: existe uma posição anómala da cabeça e do pescoço com dor na mobilização da cabeça. No entanto, é possível distinguir clinicamente uma luxação rotatória de um torcicolo simples: na luxação rotatória a cabeça não roda para além da linha média para uma das direcções e a posição do mento aponta para o lado da contractura muscular do pescoço; no torcicolo simples a cabeça roda nas duas direcções e o queixo aponta para o lado oposto da contractura muscular.

O que fazer

Para tratamento correcto desta patologia é essencial fazer um diagnóstico atempado da lesão, pois com o passar do tempo as alterações ósseas e de tecidos envolventes podem tornar-se permanentes.

Os exames de imagem podem fornecer informação importante para a confirmação do diagnóstico: radiografias de coluna cervical de frente e perfil, bem como uma imagem transbucal (radiografia de frente da coluna realizada através da boca aberta), costumam ser os exames pedidos numa primeira avaliação. Estes estudos poderão ser complementados, quando se justificar, com uma Ressonância Magnética ou TAC cervicais.

Tratamento

Como tratamento inicial dever ser feita uma imobilização cervical e medicação anti-inflamatória para controlo da dor, durante uma semana. Decorrida uma semana de imobilização se os sintomas permanecerem, o doente deve ser internado para realização de tracção cervical com peso, este método demonstra grande eficácia quando é feito até às 6 semanas de início dos sintomas.

Após ser conseguida a redução deve ser mantida uma imobilização com colar cervical por um período de 6 a 12 semanas.

Quando o tratamento não invasivo não é eficaz e existe uma primeira recorrência da subluxação deve ser realizada de novo tracção cervical e após redução da subluxação, imobilização durante 3 meses com aparelho do tipo halovest que permite uma maior estabilização da coluna cervical.

Quando existe um segundo episódio de recorrência está indicada a intervenção cirúrgica da coluna cervical, tentando-se uma redução da luxação das duas primeiras vértebras cervicais e posteriormente a sua fusão numa posição correcta.

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