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Introdução

Definições

Recém-nascido (RN) é um bebé entre os zero e os 28 dias de vida. O RN perde peso na primeira semana. Uma perda até 10% é normal e até desejável. Podemos definir má progressão ponderal num recém-nascido (MPP-RN) (i.e. um RN que não engorda) como um aumento médio diário inferior a 20 gramas (g)/dia.

Frequência e Causas

Trata-se de um problema muito frequente, com causas muito diversas e com gravidade muito variável. A ingestão insuficiente de leite (materno, de fórmula ou os dois) é, sem dúvida, a causa mais frequente, seja por produção insuficiente de leite materno, por má técnica de amamentação/aleitamento, por dificuldades de sucção/coordenação do próprio RN. Mais raramente, qualquer problema suficientemente grave (infeccioso, metabólico, digestivo, cardíaco, renal, pulmonar,…) pode condicionar uma incapacidade para o RN aumentar de peso. Por esta razão, um bom ganho ponderal no RN é um dos sinais directos de boa saúde.

Sinais e sintomas

Na maioria dos casos (os de ingestão insuficiente), o problema revela-se precocemente pelo controlo regular de peso que qualquer RN bem cuidado deve realizar (no mínimo, semanal). O bebé está globalmente bem mas pode apresentar sintomas ligeiros: irritabilidade, choro frequente, necessidade de aumentar a frequência de amamentação, eliminar menos quantidade de urina e fezes, pele e boca seca. Nos casos que se prolongam ou em casos de doença subjacente o bebé mostra não estar bem. Pode ter menor vitalidade (com choro fraco, fraqueza muscular, sonolência excessiva), ter dificuldade respiratória (com respiração rápida ou esforço respiratório), ter sinais mais graves de desidratação (pele e mucosas secas, fontanela deprimida), ter febre ou vómitos.

O que fazer

O RN deve ser pesado semanalmente durante o primeiro mês de vida e mais frequentemente se a progressão de peso não é a esperada, se tem dificuldades alimentares ou se tem qualquer sinal de não “estar bem”. Em qualquer dos casos, deve ser avaliado clinicamente pelo seu médico para acompanhar a evolução ou detectar qualquer doença subjacente de modo precoce. Neste contexto, depois da alta da maternidade, o RN, mesmo que aparentemente bem, deve ser sempre observado com 10-15 dias de vida e depois com um mês.

Tratamento

O tratamento desta situação é muito variável. Na maioria dos casos passa pela optimização da ingestão de leite, seja por melhorar a técnica de amamentação/aleitamento, seja por suplementar a alimentação materna com leite de fórmula, seja por melhorar as competências alimentares do RN (terapia oral). Nas situações com doença subjacente, a retoma de uma progressão de peso satisfatória consegue-se com o tratamento específico dessa doença (por exemplo: antibióticos para uma infecção bacteriana). Habitualmente o prognóstico é favorável, excepto nas doenças de base diagnosticadas tardiamente ou, na sua essência, sem tratamento disponível (por exemplo: certas doença inatas do metabolismo ou algumas doenças genéticas).

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