Alergia às proteínas do leite de vaca
- Geral
- Alergia alimentar
- Suicídio/ Comportamento suicidário
- dor abdominal (de barriga)
- Dor no peito
- Anemia
- Atraso de crescimento
- Desnutrição/ caquexia
- Palidez
- Perda de peso/ Emagrecimento
- Lesões cutâneas generalizadas
- Manchas (Eritema, Exantema)
- Falta de ar (Dispneia)
- Vómitos
- Asfixia (recém-nascido e lactente)
- Cólicas
- Enjôos e náuseas
- Irritabilidade
- Vómitos
Introdução
Definição
A Alergia às Proteinas do Leite de Vaca (APLV) é causada por uma reação específica do sistema imunitário às Proteinas do Leite de Vaca (APLV).
Frequência
É a forma mais comum de alergia alimentar em bebés e crianças pequenas, sendo mais frequente no primeiro ano de vida. Pode afetar tanto bebés que se alimentam apenas com leite materno como bebés que fazem fórmula/leite para lactentes.
Causa
É causada por uma reação do sistema imunitário às PLV contidas na fórmula (nos bebés alimentados com esse tipo de leite) ou no leite materno (nos bebés amamentados e cujas mães consomem produtos lácteos)
Sinais e sintomas
Os sintomas são muito variados e pouco específicos. Surgem geralmente nos primeiros meses de vida e podem ser de 2 tipos:
- Os sintomas imediatos que ocorrem geralmente alguns minutos ou até 2h após o consumo do leite com estas proteínas; estes podem incluir o aparecimento de manchas na pele que podem ser palpáveis ou não e que geralmente dão comichão, olhos e orelhas inchados ou até reações muito graves em que a criança não consegue respirar, podendo fazer um som agudo ao inspirar (estridor).
- Os sintomas tardios manifestam-se geralmente nas 48h até 1 semana após a ingestão das proteínas do leite de vaca (PLV), exceto na Síndrome de Enterocolite Induzida por Proteínas Alimentares (FPIES), em que ocorrem geralmente 1h ou mais após a ingestão. Estes sintomas podem ser tão subtis como o bebé estar mais irritado ou com cólicas até sintomas e sinais mais evidentes como vómitos, diarreia com sangue e muco ou perda peso/não aumento do peso sem outra explicação aparente.
Na FPIES, o bebé apresenta-se geralmente com vómitos persistentes, acompanhados de palidez e prostração.
O que fazer
Na presença de algum dos sintomas apresentados anteriormente, o bebé deve ser avaliado por um médico.
No caso de a criança estar a vomitar persistentemente deve ser dada bastante água à criança para manter hidratada até ela ser avaliada por um médico.
Com base na história contada pelos cuidadores do bebé (de quando começaram os sintomas, do tipo de sintomas apresentados e da sua relação com a alimentação) e no exame físico da criança o médico pode fazer o diagnóstico de APLV. Pode haver necessidade de realizar alguns testes se o médico os considerar necessários.
Tratamento
O tratamento passa por fazer com que a criança não consuma PLV na sua dieta durante algum tempo.
No caso dos bebés alimentados exclusivamente com leite materno, as mães devem manter a amamentação, retirando apenas o leite, derivados lácteos e produtos que contenham leite da sua própria dieta.
No caso dos bebés alimentados com leite de fórmula, existem fórmulas específicas sem PLV na sua composição, sendo que o médico responsável pelo seguimento e orientação da criança fará a recomendação do leite apropriado a iniciar.
Atenção: Não devem ser utilizadas outras bebidas como tentativa de substituir o leite na dieta do bebé. As bebidas à base de soja, arroz, amêndoa, coco ou castanha são por vezes apelidadas de "leites" mas, a realidade, é que a sua constituição em nada é similar à do leite, não sendo suficientes para cumprir as necessidades nutricionais do bebé.
Em crianças que já bebam leite de vaca, o leite e os derivados dos produtos lácteos devem deixar de ser consumidos.
O tempo durante o qual as PLV devem ser retiradas da dieta da criança vai ser determinado pelo médico que orienta o tratamento. Este vai depender da idade da criança e da gravidade dos seus sintomas.
Uma vez que estamos a retirar nutrientes da dieta da criança, se existir necessidade de excluir as PLV da dieta por um período prolongado de tempo, é necessário que a criança seja avaliada por um especialista em nutrição pediátrica. Nestes casos, está aconselhado realizar uma avaliação detalhada para garantir que os nutrientes na dieta são suficientes, especialmente as proteínas, o cálcio e as vitaminas A e D, ou se é necessário a criança realizar algum tipo de suplemento.
Evolução / Prognóstico
O prognóstico é bom. Aproximadamente metade das crianças deixam de fazer reação às PLV aos 12 meses, mais de 75% aos 3 anos e mais de 90% até aos 6 anos de idade.
No entanto, algumas destas crianças vão ter um risco maior de desenvolverem outras alergias alimentares, dermatite atópica ou asma
Prevenção / Recomendações
A amamentação materna exclusiva até aos 6 meses é aconselhada. Além de todos os outros benefícios que traz para o bebé, parece também contribuir para a prevenção das doenças alérgicas.
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