Introdução
Definição
A tricomoníase é a infeção sexualmente transmissível (IST) mais frequente.
Frequência
A prevalência da doença é muito variável, consoante a população avaliada e os meios de diagnóstico utilizados.
Causa
É causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis.
Sinais e sintomas
Até cerca de 50% das mulheres não tem qualquer sintoma.
Na presença de sintomas, estes são habitualmente mais proeminentes durante e após a menstruação sendo os mais comuns: corrimento vaginal abundante, amarelo-esverdeado com cheiro fétido, comichão e ardor vulvar e vaginal, perdas de sangue após o ato sexual, dor no baixo ventre e durante as relações sexuais.
Pode ainda cursar com queixas semelhantes a infeção urinária, como ardor ao urinar.
O que fazer
Na presença de queixas deve procurar ajuda médica para que possa ser feita uma observação ginecológica.
Tratamento
Dado tratar-se de uma IST deve ser instituída terapêutica em ambos os parceiros, interrompendo assim, a cadeia de infeção/reinfeção.
Os esquemas terapêuticos mais recomendados são:
- Metronidazol ou
- Tinidazol ou
- Secnidazol
Não deverá ser consumido álcool durante 24horas após a toma de metronidazol e 72h após a toma de tinidazol.
Na gravidez, a utilização de metronidazol parece ser segura, sendo o fármaco recomendado independentemente da idade gestacional e na dose preconizada.
Evolução / Prognóstico
Se corretamente tratados todos os parceiros sexuais o prognóstico é favorável e a taxa de cura é elevada, geralmente ao fim de uma semana.
Na recorrência dos sintomas tem que se excluir a não adesão à terapêutica de algum dos parceiros ou reinfeção por um novo parceiro, e repetir o esquema recomendado, habitualmente com boa resposta.
Prevenção / Recomendações
Deve ser aconselhada a evicção das relações sexuais até que a doente e o(s) parceiro(s) tenham terminado a terapêutica e se encontrem assintomáticos.
O uso do preservativo deve ser recomendado em todas as relações sexuais, dado tratar-se da única forma eficaz de prevenir a infeção.
O despiste de outras IST é mandatório e deve ser considerada uma reavaliação até 3 meses após o tratamento.
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