Enterocolite induzida por fármacos (DIES)
Introdução
A Síndrome de enterocolite induzida por fármacos (DIES em inglês) é um tipo de alergia a fármacos, não imediata, caraterizada pelo aparecimento de sintomas gastrointestinais 1-4 horas após a sua toma.
Frequência
É uma entidade rara e pouco conhecida, mais frequente em crianças.
Causa
É uma reação do sistema imunológico contra alguns componentes de um determinado medicamento. Os casos relatados incluem alguns antibióticos e paracetamol.
Sinais e sintomas
Os sintomas são semelhantes aos do FPIES. Tipicamente, a criança apresenta-se com vómitos prolongados 1-4 horas após a toma do medicamento em questão, podendo ainda apresentar palidez, prostração e, por vezes, diarreia. Sintomas respiratórios ou dermatológicos (falta de ar, inchaço nos lábios, manchas na pele) não são típicas desta entidade, devendo fazer pensar em outro tipo de alergia medicamentosa.
Podem ou não ter acontecido outros episódios semelhantes. A recorrência desses sintomas com a toma do mesmo medicamento deve levantar a suspeita deste diagnóstico
O que fazer
Assim que surgirem os primeiros sintomas deve ser parada a ingestão do medicamento e deve ser procurada ajuda de um profissional de saúde. Podem ser necessários medicamentos para parar os vómitos (antieméticos), de forma a evitar desidratação e, assim que possível, a criança deve ser hidratada e transportada para um Serviço de Urgência hospitalar.
Tratamento
Hidratação oral ou endovenosa (em contexto hospitalar); podem ser necessários medicamentos anti-vómitos (anti-eméticos) e/ou corticóides (a decidir pelo médico).
Evolução / Prognóstico
A maioria dos casos apresenta boa resposta e recuperação completa, sem complicações associadas. Caso o diagnóstico seja confirmado, devem ser procuradas alternativas ao medicamento causador desta reação.
Prevenção / Recomendações
Após confirmação do diagnóstico, a medida mais importante é evitar a toma do medicamento em questão. O médico deve fornecer um relatório relativo à ocorrência deste tipo de reações e/ou registar no Boletim de Saúde Individual da criança.
Em alguns casos, é necessária a realização de uma prova de provocação oral com o medicamento, em ambiente hospitalar, para se definir um diagnóstico mais preciso. Esta prova consiste na administração de doses crescentes do medicamento a que é criança é alérgica para avaliar o aparecimento de reação.
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