Síndrome da Deleção 22q11.2 (Síndrome DiGeorge)
- Alterações da visão
- Descarga nasal (rinorreia)
- Dor de dentes
- Dor no pescoço/ cervical
- Dor/ pus no ouvido (Otite)
- Nariz entupido/ Congestão nasal
- Rouquidão
- Surdez/ Perda de audição
- Alterações do sono e insónias
- Ansiedade
- Birras
- Comportamento agressivo
- Demência
- Depressão
- Gestos repetidos
- Hiperactividade
- Obesidade
- Problemas de atenção/ concentração
- Suicídio/ Comportamento suicidário
- Dor crónica
- Dor de dentes
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Dor nas costas
- Dor no pescoço/ cervical
- Anemia
- Atraso de crescimento
- Atraso de desenvolvimento
- Barriga inchada (distensão abdominal)
- Cãimbras
- Convulsões
- Dificuldade em engolir
- Obesidade
- Acne
- Dermatite
- Descamação
- Eczema
- Alteração do ritmo cardíaco (disritmia)
- Cansaço/ fadiga (astenia)
- Cianose (dedos, labial, periférica)
- Falta de ar (Dispneia)
- Ressonar
- Enjôos e náuseas
- Indigestão
- Vómitos
- Dor/ dificuldade a urinar (Disúria)
- Infecção urinária
- Escroto vazio
Introdução
A Síndrome da Deleção 22q11.2 (22q11.2DS) é uma alteração cromossómica rara, em que uma determinada parte do cromossoma 22 não existe. Esta ausência, pode originar alterações em múltiplos órgãos e sistemas, com diferente espetro de gravidade.
Em 90% dos casos, resulta de uma mutação de novo.
As principais características incluem cardiopatias congénitas, anomalias do palato e faciais e perturbação do neurodesenvolvimento.
Frequência
Atinge cerca de 1/4000 nados vivos. Não existe predomínio de género.
Causa
A maioria dos casos surge de novo, através de uma mutação que origina ausência de uma parte do cromossoma 22, no entanto, a transmissão hereditária quando ocorre é autossómica dominante (AD).
Sinais e sintomas
O espetro e alterações presentes nesta síndrome é muito amplo e variado. Globalmente podemos encontrar: alterações da morfologia facial, cardiopatias congénitas, anomalias laringotraqueoesofágicas e do palato, timo não desenvolvido, existência de imunodeficiências, glândulas paratiroides não desenvolvidas, perturbação do desenvolvimento psicomotor e dificuldades na aprendizagem, distúrbios psiquiátricos, malformações renais, oftalmológicas e do esqueleto, e dificuldades auditivas.
O reconhecimento destas alterações pode surgir nas variadas fases da vida, desde o período neonatal até à vida adulta exigindo ao clínico um elevado índice de suspeição.
O que fazer
O diagnóstico deve ser equacionado quando várias das alterações descritas acima surgirem de forma simultânea. Os exames a realizar dependem das alterações encontradas, bem como da sua gravidade. No entanto, pode ser necessária a colaboração de várias especialidades, para decisões em equipa.
O diagnóstico definitivo faz-se através de um teste genético, que identifica a presença da mutação, sendo necessário uma amostra de sangue.
De salientar que, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais oportunidade existe para tentar alterar o curso natural da doença, antecipar complicações e promover um melhor prognóstico.
O aconselhamento genético é, assim, essencial, sendo que assume especial importância na transição para a vida adulta, pois indivíduos portadores desta síndrome, têm 50% de probabilidade de ter um descendente afetado em cada gravidez. Assim, a altura ideal para avaliar o risco é antes de ocorrer a gravidez.
De salientar que, irmãos de doentes, mesmo que aparentemente assintomáticos, devem ter uma avaliação genética.
Tratamento
O tratamento deve ser sempre dirigido às alterações que a criança apresentar. Dada a complexidade do quadro, deve existir sempre uma abordagem das várias especialidades envolvidas para ponderar o risco/benefício de todas as intervenções.
Particularmente no que diz respeito à perturbação do neurodesenvolvimento, poderá ser necessário orientar para Sistema Nacional de Intervenção Precoce (SNIPI) e eventualmente necessitar de intervenção em terapia ocupacional, terapia da fala, terapia comportamental e apoio escolar.Evolução / Prognóstico
Doentes com 22q11.2DS têm uma taxa de mortalidade elevada, sendo que a maioria ocorre no primeiro ano de vida, principalmente devido aos problemas cardíacos.
Acredita-se que o melhor prognóstico está, apesar da gravidade de alguns quadros clínicos, diretamente relacionado com um diagnóstico precoce.
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Incapacidade intelectual / Perturbação do desenvolvimento intelectual
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