Litíase urinária
Introdução
Definição
Lítiase urinária é a presença de “pedras” (cálculos) no aparelho urinário.
Frequência
Ocorre mais tipicamente entre os 8 - 10 anos e é mais frequente nos rapazes. Cada vez mais se diagnostica esta doença.
Causa
Podem-se identificar diversas causas sendo as mais prevalentes: metabólica, infecções do aparelho urinário (20-25%), anomalias anatómicas do aparelho urinário (10-25%), factores dietéticos e medicamentos.
Sinais e sintomas
Os sintomas e sinais variam de acordo com a idade e a localização da pedra ao longo do aparelho urinário. Cerca de 15-20% não têm sintomas (principalmente nas crianças mais novas).
Em 50-75% dos casos as crianças apresentam dor de barriga:
- > 5 anos – “cólica renal” (dor que irradia para as costas ou virilhas).
O quadro pode manifestar-se com sangue na urina (30-55%), dor, ardor e urgência em urinar (10%), náuseas e vómitos (10%) e irritabilidade (em especial nas crianças mais novas).
O que fazer
Quando a criança mostra sinais de “cólica renal” deve ser levado ao serviço de urgência para ser avaliado e realizar os exames e os tratamentos necessários.
Tratamento
O tratamento da cólica renal aguda deve ser orientado pelo médico. Baseia-se na toma de analgésicos. Alguns casos podem ter indicação cirúrgica ou terapêuticas mais específicas.
Evolução / Prognóstico
A litíase urinária tem cerca de 30% de probabilidade de voltar a acontecer. Os doentes com alterações metabólicas apresentam maior risco de recorrência. Na maior parte dos casos as crianças devem ser seguidas em consulta de nefrologia e/ou urologia pediátrica e consulta de dietista.
Não existem muitos dados sobre o prognóstico na criança mas existe a possibilidade de se desenvolver doença renal crónica, dependendo da presença e gravidade das alterações metabólicas que a criança apresenta.
Prevenção / Recomendações
A criança deve adotar medidas gerais na sua vida diária:
- Aumento da ingestão de líquidos nomeadamente agua (evitar refrigerantes e bebidas açucaradas/gaseificadas).
- Cuidados na dieta:
- Evitar dietas estritamente vegetarianas;
- Evitar consumo excessivo de proteína animal e sal;
- Evitar o consumo excessivo de vitamina C e vitamina D;
- Consumir alimentos ricos em fitatos (cereais não refinados, feijão, frutos secos).
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