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Introdução

Definição

O sésamo (Sesamum indicum) é uma planta com mais de 18 espécies identificadas. Inicialmente oriundo da Índia está agora a disseminar-se por todo o Mundo. É um elemento popular em diversos tipos de pratos na sua forma natural, não processada, como em saladas, ou ligeiramente processada como sementes em pão de hambúrguer ou grissinis.

Muitas vezes é um alergénio oculto em óleos alimentares, farinhas e produtos de cosmética.

Frequência

O sésamo é o 9º alergénio alimentar mais comum a nível mundial. A prevalência da alergia ao sésamo tem vindo a aumentar devido ao também aumento do consumo de pratos vegetarianos e de cozinha internacional (Indiana, Chinesa, Japonesa). A prevalência estimada em Portugal é ainda desconhecida.

Causa

 A alergia ocorre por resposta do sistema imunitário quando há contacto do organismo com o sésamo (cutâneo, inalação ou ingestão). Libertam-se substâncias produzidas pelo sistema imune que levam às manifestações alérgicas. Normalmente ocorrem alguns minutos ou horas após haver contacto com o sésamo.

Sinais e sintomas

Sintomas

Os sintomas de alergia ao sésamo mais frequentemente referidos são: opressão orofaríngea, falta de ar, sibilos (“gatinhos”); inchaço dos lábios ou língua, manchas dispersas pelo corpo com prurido “comichão” associada, vómitos e diarreia.

O espectro de apresentação das reações alérgicas é variável. A gravidade das reações depende do tipo de proteínas a que o doente é alérgico.

O que fazer

Diagnóstico

Perante a suspeita de alergia ao sésamo, o doente deverá ser avaliado, preferencialmente pelo pediatra alergologista ou médico imunoalergologista. O médico colocará algumas questões pertinentes como:

  • Se a criança tem antecedentes de alguma doença alérgica como rinite, asma, alergias alimentares ou medicamentosas;
  • Identificação do alimento suspeito ou outros alimentos que o possam conter como pão, saladas, “sushi”, cremes de pastelaria, manteigas, óleos, molhos orientais. Os pais e crianças mais velhas devem ler os rótulos dos alimentos;
  • Tipo de exposição ao alimento: contacto na pele / mucosas, inalação ou ingestão;
  • Quanto tempo após o contacto com o alimento ocorreu a reacção

Além da história clínica e exame físico, poderão eventualmente ser solicitados alguns exames de sangue para melhor esclarecer o diagnóstico.

Tratamento

Nas medidas gerais, para reduzir a comichão, incluem-se os medicamentos do grupo dos anti-histamínicos (antialérgicos), que no caso de uma reacção cutânea ligeira sem outros sintomas associados, poderá ser feito no domicílio desde que previamente prescrito e orientado pelo médico assistente.

Para o broncoespasmo “gatinhos” pode ser usado um broncodilatador .

No caso de reacção anafiláctica o tratamento de eleição é a adrenalina intramuscular. O médico irá explicar à criança e aos cuidadores como administrar. A caneta deverá acompanhar sempre a criança, juntamente com um “cartão de identificação da alergia”e um documento explicativo para a escola.

Evolução / Prognóstico

Na maioria dos casos o prognóstico é favorável, embora haja um risco de mortalidade associado aos doentes que apresentam reacções anafilácticas. A alergia pode desaparecer com a idade.

Prevenção / Recomendações

Caso tenha ocorrido uma reacção anafiláctica relacionada com a ingestão do sésamo, o doente tem indicação para ser portador da caneta auto-injetora de adrenalina, prescrita pelo médico assistente.

Após um episódio de alergia grave deve sempre recorrer-se ao serviço de urgência.

A leitura atenta dos rótulos e sua interpretação é essencial na gestão do risco associado a alergia alimentar. Deve evitar-se a utilização de utensílios contaminados (que manusearam) com sementes de sésamo

Saber Mais

  • Alergia alimentar
  • Anafilaxia
  • Urticária
  • Angioedema

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