Síndrome de Proteínas de Transferência de Lípidos (LTP)
Introdução
As proteínas de transferência de lípidos, conhecidas como LTP (do inglês Lipid Transfer Proteins), são proteínas presentes em várias frutas, vegetais, nozes e sementes.
Esta alergia é mais comum em países da região mediterrânica, como Portugal, onde se consomem frequentemente alimentos como pêssego, amêndoa e avelãs.
As reações alérgicas causadas pela LTP podem variar desde sintomas leves, como comichão nos lábios, até reações graves que afetam a respiração. Por isso, é importante que as famílias saibam identificar os sintomas e como agir em caso de emergência.
Sinais e sintomas
Os sintomas da alergia a LTP podem variar de leves a graves e, em muitos casos, surgem logo após o consumo do alimento. Os sinais mais comuns incluem:
- Reações locais nos lábios, boca e garganta: Comichão, inchaço podem ser um dos primeiros sinais de alerta.
- Manchas vermelhas na pele ou urticária: A pele pode ficar vermelha ou com manchas que dão comichão.
- Dores de barriga, vómitos ou diarreia: Sintomas digestivos podem ocorrer após a ingestão do alimento.
- Dificuldade em respirar ou sensação de aperto no peito: Em casos mais graves, pode haver dificuldade em respirar, o que requer atenção médica imediata.
Algumas pessoas podem ter reações leves numa altura e, em outra ocasião, experimentar uma reação mais grave, como a anafilaxia, que é uma emergência médica.
O que fazer
Se notar algum destes sintomas após o consumo de um alimento suspeito, é importante agir rapidamente:
- Sintomas leves (comichão ou inchaço local): Pare imediatamente de consumir o alimento e preste atenção a sinais de agravamento. Pode tomar anti-histamínico e corticóide oral.
- Sintomas mais graves (dificuldade em respirar, inchaço generalizado): Se houver dificuldade em respirar, tonturas, ou qualquer sinal de que a reação está a piorar, deve administrar imediatamente um auto-injetor de adrenalina, se disponível, e procurar ajuda médica urgente (ligue 112).
Os medicamentos de alívio: Em caso de sintomas ligeiros, como manchas vermelhas ou comichão, o médico pode ter recomendado o uso de anti-histamínicos (desloratadina, cetirizina) ou corticóides orais (betametasona, prednisolona ou deflazacorte) para aliviar os sintomas.
É sempre importante seguir as instruções dadas pelo médico.
Evolução / Prognóstico
A maioria das pessoas que desenvolve alergia à LTP consegue evitar reações graves ao aprender a identificar e evitar os alimentos que contêm esta proteína. No entanto, é importante saber que as reações alérgicas podem ser imprevisíveis.
Algumas crianças podem ter apenas sintomas ligeiros numa ocasião e, noutra, ter uma reação mais grave. Por isso, mesmo que as reações anteriores tenham sido leves, é fundamental estar preparado para uma possível emergência.
Prevenção / Recomendações
Após a suspeita de uma reação alérgica, é fundamental a orientação para uma consulta de Alergologia Pediátrica para investigar a causa exata. Este especialista poderá realizar testes que ajudam a identificar a que alimentos a criança é alérgica, como testes cutâneos ou análises ao sangue.
Se for confirmada a alergia, o médico irá fornecer orientações sobre os alimentos a evitar e, em casos de maior risco, pode receitar um auto-injetor de adrenalina para ser usado em emergências.
Prevnenção / Recomendações
A prevenção é a melhor forma de evitar reações alérgicas graves. Aqui estão algumas recomendações importantes:
- Evitar os alimentos desencadeantes: Pêssegos, alperces, cerejas, amêndoas, avelãs e nozes estão frequentemente associados à alergia à LTP. Podem existir alimentos com LTP que tenham sido tolerados, deve-se evitar os alimentos que tenham ocorrido reação.
- Ler os rótulos dos alimentos: Verifique sempre os ingredientes dos produtos alimentares, especialmente os processados.
- Ter um plano de emergência: Se o seu médico prescreveu um autoinjetor de adrenalina, tenha sempre um disponível e assegure-se de que todos os membros da família sabem como usá-lo. Ter consigo um anti-histamínico e um corticoide oral, é igualmente importante para usar nas reações mais leves ou moderadas.
- Estar atento a reações cruzadas: Algumas pessoas podem reagir a outros alimentos que não aparentam estar relacionados, mas que contêm proteínas semelhantes à LTP.
- Não arriscar: Experimentar alimentos novos sempre na presença dos progenitores, durante o dia e com medicação SOS.
Em resumo, com o acompanhamento médico adequado, uma alimentação cuidadosa e a preparação para emergências, as pessoas com alergia à LTP podem ter uma vida normal e saudável.
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