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Introdução

A espondilolistese é uma deformidade da coluna que consiste no deslizamento anterior de uma vertebra sobre a vertebra subjacente. Esta deformidade foi inicialmente descrita no século XVIII por obstetras que a identificavam como uma barreira na progressão do feto ao atravessar o canal de parto.

Sinais e sintomas

A espondilolistese pode manifestar-se de muitas formas: desde a ausência de sintomas, tratando-se nestes casos apenas de um achado radiológico, até formas verdadeiramente limitativas da qualidade de vida em que existe dor, alterações da postura, alterações da marcha, alterações neurológicas dos membros inferiores e da bexiga. À semelhança das manifestações clínicas, as manifestações radiológicas também variam desde um ligeiro deslizamento anterior até ao deslizamento completo e translação anterior sobre a vertebra subjacente – espondiloptose.

Em idade pediátrica o que ocorre com maior frequência é o deslizamento da vértebra L5 sobre a vértebra S1 e nesta idade esta patologia associa-se a alterações como espondilolise, espinha bífida oculta, hipercifose, escoliose lombar ou doença de Scheuermann. 

Espondilolistese

O que fazer

Exames complementares de diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito através de radiografias da coluna. Nos casos em que a clinica seja sugestiva desta alteração e não sejam evidentes alterações nas radiografias convencionais pode ser necessária a realização de uma TAC, com vista à detecção do defeito ósseo que é causa da deformidade e sintomas.

A Ressonância Magnética é útil para compreender a dor lombar irradiada para os membros inferiores, para clarificar a que nível existe a compressão nervosa ou, para excluir outras causas possíveis de dor lombar como infecções ou neoplasias.

Tratamento

A evolução natural de uma espondilolistese não tratada pode ser incapacitante para o doente, influenciando o tipo de trabalho que pode realizar, a quantidade de peso que pode levantar ou, o tipo de atividade recreativa que consegue praticar.

Uma vez diagnosticada a espondilolistese, o risco de progressão da deformidade é o fator determinante para o tipo de tratamento. O pico de crescimento da adolescência é um período em que pode haver um agravamento da doença, uma vez estabelecida a maturidade esquelética o perigo de agravamento da deformidade é baixa para os graus moderados de deslizamento.

Para os deslizamentos moderados o tratamento conservador com medidas gerais como perda de peso, alteração da atividade física, reforço muscular, complementado ou não com uso de colete de Boston (apoio toraco-lombo-sagrado), apresenta os mesmo resultados que o tratamento cirúrgico. Nestes casos a progressão da deformidade é ligeira e os sintomas a longo prazo relacionam-se com a degenerescência do disco intervertebral. O tratamento cirúrgico pode ser equacionado para os casos em que os sintomas se mantém apesar da realização de tratamento conservador por um período não inferior a 6 meses. Este consiste numa fixação das vertebras afetadas de modo a conseguir a estabilidade da coluna e evitar a progressão da doença. Nos casos mais graves pode ser necessário o realinhamento das vertebras previamente à fixação, embora exista um maior risco de complicações neurológicas com este procedimento.

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