Alergia à noz
- Alergia alimentar
- Dor de garganta
- Dor no pescoço/ cervical
- Inchaço cervical
- Lacrimejar/ Lágrima
- Nariz entupido/ Congestão nasal
- Rouquidão
- Choque (Shock)
- Confusão/ desorientação
- Desmaio/ perda de consciência
- Dificuldade em engolir
- Comichão/ coceira (prurido)
- Erupção
- Manchas (Eritema, Exantema)
- Falta de ar (Dispneia)
- Pieira
- Tosse
- Diarreia
- Enjôos e náuseas
- Vómitos
- Bolsar
- Enjôos e náuseas
- Vómitos
Introdução
Definição
A alergia alimentar pode ocorrer quando o sistema imunológico reconhece um alimento como estranho e tenta proteger-se contra ele, levando a reações denominadas alérgicas. Os frutos secos podem levar a reações alérgicas, sendo a noz uma das principais causas.
Frequência
Menos de 1% da população geral é alérgica à noz mas sabe-se que pode ser responsável por 4% das alergias alimentares nas crianças.
Causa
A alergia ocorre por respostas imunológicas quando há contacto do organismo com a noz (contacto com a pele, inalação, ingestão), na maioria das vezes com libertação de imunoglobulinas (IgE) que levam às reações alérgicas. Normalmente ocorrem alguns minutos ou horas após haver contacto com a noz.
Sinais e sintomas
Os principais sintomas são: lábios inchados, sensação de comichão na boca e garganta, manchas e papúlas vermelhas pelo corpo e comichão no corpo, nos olhos.
Se a reação alérgica for grave, chamada anafilaxia, pode haver falta de ar, inchaço da garganta com ruído na respiração, alteração da cor da pele (lábios roxos), vómitos e desmaio.
Diagnóstico
O diagnóstico da alergia alimentar é complexo e exige uma boa história clínica e alguns exames. Estas crianças devem ser seguidas numa consulta médica, preferencialmente de Alergologia Pediátrica ou Imunoalergologia.
É importante que os pais/cuidadores tenham o máximo de informação possível quando recorrem a um profissional de saúde:
- Se a criança tem antecedentes de alguma doença alérgica como rinite, asma, alergias alimentares ou medicamentosas;
- Identificação do alimento suspeito (noz como fruto natural ou cozinhado; outros alimentos que o possam conter como bolos, doces, pão). Os pais e crianças mais velhas devem ler os rótulos dos alimentos;
- Tipo de exposição ao alimento: contacto na pele/mucosas, inalação ou ingestão;
- Descrição da reação;
- Data e hora da reação;
- Tempo após contacto com alimento.
Testes cutâneos
São realizados nos casos de reações alérgicas leves. Inicialmente a pele do antebraço é picada com uma lanceta através de uma solução que contém a noz e aguarda-se que surja alguma reação nesse local. O teste permite perceber se a criança tem reação mesmo a quantidades mínimas do alimento.
O médico irá decidir se fará testes a outros alimentos pelo risco de haver alergias cruzadas. Estes testes podem causar alguma reação alérgica e por isso são realizados no hospital junto de profissionais de saúde.
Testes sanguíneos
Consiste na colheita de sangue, através da qual, com certas análises é possível diagnosticar a presença de alergia à noz e a outros alimentos.
Prova de provocação oral (PPO)
É o teste de eleição para confirmar uma possível alergia. Este procedimento também pode causar uma resposta alérgica, sendo por esse mesmo motivo realizado em meio hospitalar com profissionais habilitados a tratar essas situações.
Durante a prova são administradas doses crescentes da noz para avaliar o possível aparecimento de reação (inicialmente é colocado um cateter endovenoso, que permite a administração rápida de medicação de emergência se necessário).
O que fazer
Logo que surgirem os primeiros sintomas deve ser procurada ajuda de um profissional de saúde no serviço de urgência. Se já tem história de alergia alimentar e começar com sintomas mais graves (como falta de ar, inchaço na garganta, desmaio) deve usar a caneta de adrenalina imediatamente.
O primeiro passo será a evicção do alimento causador da alergia, neste caso a noz. Se a reação for grave, pode ser necessário evitar outros frutos secos ou frutas (maçã, pêra, uvas, pêssego, entre outros), consoante indicação médica.
Tratamento
Consoante a gravidade da reação alérgica, pode ser necessário fazer medicação oral ou endovenosa no hospital. Consoante indicação médica, poderá ser prescrito um anti-histamínico ou corticóide que irão aliviar os sintomas da alergia em casa.
Nos casos de anafilaxia, o médico deve prescrever uma caneta de adrenalina com treino na sua administração e entrega de informação escrita. Deve também proceder à identificação da criança com alergia (entregar cartão de alergia, carta explicativa na escola e outros locais que a criança frequente regularmente).
Evolução / Prognóstico
A alergia à noz pode surgir nos primeiros anos de vida, sendo que os sintomas podem surgir logo na primeira vez que contacte com a noz e mesmo em quantidades pequenas.
Na maioria dos casos o prognóstico é favorável, embora haja um risco de mortalidade associado aos doentes que apresentam reações anafiláticas.
A sua prevalência aumenta com a idade e pode persistir ao longo de toda a vida. No entanto há casos em que a alergia pode desaparecer com os anos.
Prevenção / Recomendações
- Se após o estudo houver confirmação de alergia à noz esta deve ser evitada, tanto crua como cozinhada. A evicção a outros alimentos deve ser sempre feita se indicação médica.
- É importante que a criança mantenha seguimento no médico e mantenha evicção dos alimentos em questão até indicação deste.
Conselhos gerais
- Confirmação da ausência de noz (outros alimentos consoante indicação mria, angioedemaicrgologia.seguidas em consulta de Alergologia Pediomo fruto. O médica) nas refeições e recusar refeições cujo composição seja desconhecido;
- Leitura atenta dos rótulos;
- Evitar a utilização de utensílios contaminados com frutos secos (ex.: facas, bancada de cozinha);
- Se reação anafilática ou outra reação grave, utilizar a caneta de adrenalina e chamar o INEM.
- Os pais devem entregar SEMPRE a informação médica acerca da alergia na escola e outros locais que a criança frequente regularmente
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