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Introdução

Definição

Refere-se à perda de uma gravidez antes de atingida a viabilidade fetal. Considera-se precoce antes das 12 semanas. Pode ser espontâneo ou provocado (por opção, permitido até às 10 semanas em Portugal); retido (retenção integral das estruturas embrionárias), incompleto (retenção de restos ovulares) ou completo (espessamento endometrial

Frequência

Cerca de 10-15% das gestações clínicas.

Causa

São várias as possíveis causas, sendo a mais comum as anomalias intrínsecas do produto de concepção, sobretudo cromossomopatias. Outras possíveis são doenças maternas, trombofilias, anomalias uterinas, entre outras.

Sinais e sintomas

O principal sintoma é a hemorragia vaginal, de quantidade variável. Esta pode associar-se, ou não, a dor abdominal.

Por vezes não há qualquer tipo de sintomatologia, sendo diagnosticado através de ecografia aquando avaliação médica (embrião/ feto sem batimento cardíaco ou saco gestacional sem estruturas embrionárias, mesmo após reavaliação).

Pode ser precedido por ameaça de aborto.

O que fazer

Quando existe suspeita de aborto ou quando este é confirmado, torna-se necessária a avaliação por um ginecologista / obstetra, de forma a identificar factores de risco e decidir qual a melhor opção terapêutica.

Tratamento

O tratamento do aborto vai depender de factores como a existência ou não de hemorragia e a sua intensidade, achados ecográficos, doenças da grávida, existência de alergias medicamentosas e também da sua opção pessoal após esclarecimento adequado.

Pode ser adoptada uma atitude expectante, ou seja, realizar vigilância enquanto se aguarda expulsão espontânea do conteúdo intra-uterino. Esta atitude associa-se a resolução satisfatória num número considerável de doentes, sobretudo se idades gestacionais precoces, com trabalho de abortamento em curso ou em abortamentos incompletos.

Nas outras situações pode realizar-se tratamento médico, com administração de fármacos via vaginal e/ou oral, ou tratamento cirúrgico (curetagem / aspiração uterina), que implica internamento com instrumentação intrauterina.

Em algumas situações, o tratamento inicialmente proposto pode não ser eficaz, sendo necessário realizar outro tipo de tratamento.

Evolução / Prognóstico

A maioria dos abortamentos é resolvida sem complicações e sem interferir com possíveis gestações futuras.

Prevenção / Recomendações

Não existe forma de prevenir um abortamento. Em alguns casos de patologia materna identificada podem ser associadas medidas ou fármacos na pré-concepção / início da gravidez que pretendem diminuir o risco da sua ocorrência, mas que não garantem a evolução da gravidez.

Após abortamento, e antes de considerar nova gravidez, deve ser realizada uma avaliação médica, sobretudo se o abortamento for recorrente.

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