Mononucleose infecciosa
Introdução
A Mononucleose Infecciosa (MNI), também conhecida como “doença do beijo”, é uma infeção viral comum, provocada pelo vírus Epstein-Barr e afeta crianças e adultos jovens.
Geralmente é assintomática na infância e a presença de sintomas aumenta a partir da adolescência, podendo surgir febre, dor de garganta e inchaço dos gânglios do pescoço.
Frequência
- Ocorre sobretudo entre os 15 e os 24 anos de idade.
- O vírus transmite-se através da saliva, sendo por isso também conhecida como “doença do beijo”.
- Não ocorre preferencialmente em nenhuma altura do ano e acomete de igual forma ambos os sexos.
Causa
- Na grande maioria dos casos, a MNI é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV).
- Em 10% dos casos pode ser causada por outros vírus.
Sinais e sintomas
A infecção por EBV na infância geralmente não apresenta sintomas.
Nos casos sintomáticos, os doentes podem apresentar mal-estar, dor de cabeça, dores musculares e náuseas acompanhados de febre alta, dor de garganta, dificuldade em engolir, inchaço dos gânglios do pescoço e cansaço.
O cansaço por vezes é persistente e pode durar 1 mês após inicio dos sintomas.
Esta doença pode provocar ainda aumento do tamanho do baço e do fígado.
O que fazer
Em caso de sintomas sugestivos de mononucleose infeciosa deve ser observado por um profissional de saúde.
O diagnóstico faz-se pela observação clínica e pelo pedido de algumas análises dirigidas às células do sangue, proteínas do fígado e testes serológicos.
Deve fazer uma ingestão alimentar e hídricas adequadas e repouso, evitando atividade física durante o período de doença.
Tratamento
A mononucleose é uma infeção que deve seguir o seu curso até à cura, que acontece geralmente ao fim de 2 a 3 semanas.
Não há nenhum medicamento para tratar a doença, mas sim para aliviar os sintomas, pelo que pode tomar paracetamol ou ibuprofeno.
Os antibióticos não estão indicados uma vez que se trata de uma infeção viral.
Deve fazer repouso e evitar fazer desporto.
Evolução / Prognóstico
O prognóstico geralmente é bom e a doença resolve ao fim de 2 a 3 semanas.
Em alguns casos a criança/adolescente pode demorar meses até se sentir menos cansada/o.
Em alguns casos, podem ocorrer complicações raras tais como dificuldade em respirar por obstrução da via aérea superior, infecções bacterianas (ex.: infecções respiratórias, infecção do saco lacrimal do olho, cardíacas, hepáticas, no baço ou cerebrais), alterações da contagem de células do sangue, depressão, neoplasias, entre outras.
Prevenção / Recomendações
Recomenda-se que durante o período de doença a criança/adolescente ingira bastantes líquidos e faça uma alimentação equilibrada. Deve ainda descansar e evitar realizar atividade física.
Os adolescentes que praticam desportos de contacto vigoroso com potencial lesão do abdómen devem evitar as atividades desportivas durante 4 semanas. Os adolescentes que praticam desportos de menor intensidade e menor contacto podem iniciar gradualmente após as 3 semanas de doença, de acordo com a sua capacidade.
Após a resolução da fase aguda da doença não existem restrições para o retorno escolar. A decisão deve basear-se na presença de sintomas da criança/adolescente.
Não é necessário isolar a criança infectada, basta evitar grande proximidade (beijo, por ex.)
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