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Introdução

As Infecções Sexualmente Transmissíveis, ISTs, caracterizam-se por serem doenças provocadas por bactérias, vírus ou parasitas que se contagiam pela via sexual. Pela grande diversidade de agentes que podem causar estas infeções, podem manifestar-se de forma diversa e ter diferentes consequências na saúde.

Durante a adolescência pode existir maior risco de ter infeções sexualmente transmissíveis, sendo importante a prevenção e o tratamento na fase inicial.

Sinais e sintomas

A exposição a um agente microbiano transmitido por via sexual pode ter vários resultados, desde não se manifestar até apresentar-se com vários sintomas locais e/ou gerais.

No sexo masculino pode ocorrer o aparecimento de um corrimento pelo orifício onde sai a urina, comichão ou ardor ao urinar.

No sexo feminino, pode manifestar-se com o aparecimento de corrimento vaginal com cor amarelada ou esverdeada, com cheiro, comichão ou ardor ao urinar.

Existem manifestações que são independentes do facto de se ser homem ou mulher, como o aparecimento de uma ou mais borbulhas com ou sem líquido, uma ou mais feridas na zona à volta dos genitais, boca ou ânus, com ou sem exsudato. 

O que fazer

É importante que os adolescentes sexualmente ativos tenham consultas regulares de forma a ser possível identificar-se infeções que possam não dar sintomas.

Por outro lado, é útil que os adolescentes reconheçam os sintomas e sinais de infeções sexualmente transmissíveis e que recorram ao seu médico de forma a tomarem o tratamento direcionado à causa da infeção e também para se esclarecer outras possíveis situações que possam ser confundidas com infeções.

A consulta com o profissional de saúde é confidencial e os adolescentes poderão ser questionados sobre as práticas sexuais, número de parceiros, sintomas, entre outros. Por vezes, existe a necessidade de observar as lesões e colher pequenas amostras.

Tratamento

O diagnóstico das infeções sexualmente transmissíveis tem como objetivo identificar a causa da infeção, para o tratamento poder ser dirigido especificamente ao causador da doença.

O tratamento deve ser recomendado por um profissional de saúde de forma a que a infeção seja tratada correctamente, evitando a toma de medicamentos sem benefício.

A toma de medicamentos não recomendados por um profissional de saúde pode mascarar os sintomas e não tratar completamente as infeções, pelo que devem ser mencionados na consulta todos os medicamentos que o adolescente já tomou.

Evolução / Prognóstico

Após o tratamento, as infeções por bactérias geralmente são curadas e os sintomas regridem. Contudo, a infeção por estes agentes não dá proteção imunitária para o futuro, ou seja, após o tratamento, caso não se alterem os comportamentos de risco, a mesma doença pode novamente acontecer com os mesmos patogéneos.

Para além disso, existem situações em que não existe tratamento definitivo e não é possível eliminar os patogéneos, por isso, a infeção fica para toda a vida. É o caso da infeção pelo vírus herpes, em que após a infeção, existem períodos em que o vírus se manifesta e outros em que não há sintomas. Em qualquer uma destas fases pode existir transmissão ao parceiro sexual.

Finalmente, a infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é particularmente problemática porque, apesar de existir tratamento adequado, a infeção não é erradicada e pode ter consequências a longo prazo prejudiciais para a toda a saúde.

Prevenção / Recomendações

A prevenção das ISTs apenas é eficaz com a utilização do preservativo que deve ser usado em todo o tipo de práticas sexuais. Caso o adolescente tenha dúvidas na sua utilização ou de qualquer outro tópico, é importante que as esclareça junto do seu médico ou outro profissional de saúde habilitado.

Saber Mais

  • Doença Inflamatória Pélvica
  • Gonorreia
  • Herpes Genital
  • HPV – Papiloma vírus humano
  • Infeção por Clamídia
  • Sífilis
  • Tricomoníases

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